O Paraná Clube vive uma crise dentro e fora de campo. O Tricolor da Vila Capanema não tem divisão nacional e foi eliminado da 2ª divisão do campeonato paranaense.
Com isso, o clube só volta a entrar em campo em abril de 2024, enquanto os problemas financeiros e estruturais se agravam.
Crise no Paraná Clube
O atual momento do clube é decorrentes das péssimas administrações dos últimos anos. A “bola de neve” de problemas começou em 2007, quando a equipe foi rebaixada para a série B do campeonato brasileiro.
O Paraná demorou dez anos para voltar à elite do futebol brasileiro, permanecendo na série B durante o período — o que mascarou os problemas financeiros. Em 2018, voltou a disputar o Brasileirão, mas no mesmo ano voltou para a segundona.
A partir de 2018, a equipe acumulou quatro rebaixamentos: três nacionais e um estadual. Em 2022, o clube foi eliminado da série D do campeonato brasileiro, de modo que apenas disputou a 2ª divisão do campeonato estadual neste ano.
As péssimas gestões que comandaram o clube atrasaram salários de jogadores, perderam ações na justiça e até viram promessas da base sair de graça da equipe. O resultado dessa conta é uma dívida de R$ 156,3 milhões.
O clube também passa por problemas de infraestrutura. Nos anos 90, o Paraná tinha como estádio a Vila Capanema e a Vila Olímpica, além das sub-sedes da Kenedy e do Tarumã.
A sede do Tarumã foi leiloada por R$ 30 milhões em 2013, enquanto a Kenedy é usada como garantia para os credores aceitarem a recuperação judicial do clube — único meio para abater as dívidas.
A Vila Olímpica passou a ser utilizada apenas para treinos e jogos das categorias de base. Já Vila Capanema passou a ser da União, com a Justiça obrigando o clube a pagar uma indenização de R$ 6,3 milhões e aluguel para utilizar o estádio.
Além de não disputar nenhuma competição até abril de 2024, o Paraná ficará sem jogar uma divisão nacional, no mínimo, até 2026.