Fifa é pega de surpresa e não sabe o que fazer com a transmissão da Copa do Mundo
A Fifa e seu parceiro de transmissão da Copa do Mundo feminino, a Live Mode, ainda não conseguiram acordo para vender os direitos de exclusividade para TVs brasileiras, fora da Globo, faltando apenas um mês para o início da competição. E enquanto há proposta em análise com a federação internacional, o torneio será exibido pela emissora da família Marinho e pela CazéTV, no streaming.
Os mesmos entraves que acontecem no lado de cá do Atlântico, acontecem do outro lado também. O presidente da Fifa, Gianni Infantino, reclamou que as emissoras europeias têm feito propostas muito abaixo do esperado para a compra dos direitos televisivos da Copa de futebol feminino.
Mundial feminino da Fifa na Globo
A TV Globo comprou os direitos do Mundial feminino no mesmo pacote que comprou os da Copa do Mundo de futebol masculino. Com isso, a emissora carioca transmitirá os jogos na TV Aberta e no Sportv. Na última edição do torneio, realizada em 2019, o canal obteve bons índices de audiência..
Os direitos da Globo não são exclusivos para nenhuma plataforma. Há jogos que podem ser negociados em pacotes para outras emissoras, sejam divididos ou exclusivos.
No início deste ano, a Live Mode ofereceu alguns jogos para emissoras de TV fechada e aberta, mas não houve acordos. Agora, faltando um mês para o início do torneio, foram encaminhadas propostas para a análise da Fifa.
CazéTV, por sua vez, que é produzida pela Live Mode, vai transmitir um jogo por dia da Copa feminina. Vale lembrar que o canal já tinha exibido partidas do Copa do Mundo de futebol masculino, em 2022, uma vez que a plataforma aproveitou a brecha para negociar os direitos porque a Globo não tinha exclusividade sobre o streaming.
Enquanto no Brasil a Fifa vende o Mundial masculino e o feminino em um mesmo pacote, na Europa os Mundiais são vendidos em pacotes separados, mas a entidade se depara com o mesmo problema, em não conseguir a venda por um preço que considera justo.
Infantino revelou que “emissoras que pagam US$ 100 milhões a US$ 200 milhões pela Copa do mundo masculina, mas só oferecem de US$ 1 milhão a US$ 10 milhões pela Copa feminina”
