Daniel Alves falou primeira vez após ser preso no dia 20 de janeiro. O jogador, que é acusado de abusar sexualmente de uma mulher dentro do banheiro de uma boate em Barcelona comentou, nesta quarta-feira (21) sobre o caso ao jornal “La Vanguarda”.
Na entrevista, o lateral simplesmente deu uma declaração inesperada. Dani Alves afirmou que perdoa a vitima. Além disso, também pediu desculpas a Joana Sanz, sua ex-mulher.
“Eu a perdoo. Ainda não sei porque ela (a suposta vítima) fez tudo isso, mas a perdoo. E queria pedir desculpa à única pessoa a quem tenho que pedir desculpa, que é a minha mulher, Joana Sanz. A mulher com quem me casei há oito anos, ainda sou casado e espero viver com ela por toda a minha vida”, disse.
Na sequência, Daniel Alves também deu mais uma versão sua sobre o que aconteceu no banheiro da boate Sutton no dia 30 de dezembro do ano passado.
“Quando a mulher com quem tenho um problema sai do banheiro atrás de mim, fico um pouco na minha mesa. Ao sair, soube pelas imagens que passei perto de onde a mulher estava chorando. Eu não a vi. Se a tivesse visto chorar, eu teria parado para perguntar o que estava acontecendo. Naquele momento, se algum responsável pela discoteca me pedisse para esperar porque a jovem alegava que eu a teria agredido sexualmente, não iria para casa. Na mesma noite apareceria em uma delegacia para esclarecer“, disse.
Por fim, o jogador também explicou os motivos pelos quais decidiu conceder uma entrevista. Vale lembrar que seu julgamento está marcado para acontecer no outono europeu, ou seja, entre setembro e outubro deste ano.
“Resolvi dar esta entrevista, a minha primeira desde que estou aqui, para que as pessoas saibam o que penso. Que conheçam a história pelo que vivi naquela manhã naquele banheiro. Até agora, uma história muito assustadora de medo e terror foi contada, que não tem nada a ver com o que aconteceu, nem com o que eu fiz. Tudo o que aconteceu e não aconteceu lá dentro só ela e eu sabemos“, disse.
Se condenado, Daniel Alves pode pegar de 6 a 12 anos de prisão. Recentemente, sua defesa teve mais um pedido para responder o processo em liberdade negado. O motivo é o “grande risco de fuga” para outro país.