Desde a saída de Tite após o fim da Copa do Mundo no Catar, a Seleção Brasileira ainda não definiu quem será seu substituto. No programa “Troca de Passes”, do SporTV, o ex-jogador Grafite fez uma sugestão inusitada para a CBF: Marcelo Gallardo. O ex-River Plate está livre no mercado e possui um belo currículo no futebol sul-americano, mas o fato de ser argentino pesaria bastante na aceitação popular.
“O que eu vou falar, as pessoas podem até achar loucura, eu acho que isso dificilmente acontecerá por ser um treinador argentino, mas o Gallardo está no mercado, é um baita treinador, mas ninguém imagina um argentino comandando a seleção brasileira, é muito difícil isso. Pela primeira vez nos últimos anos que eu não vejo um treinador brasileiro sendo unanimidade na seleção brasileira. A gente já tem Renato Gaúcho, Tite, Muricy…”, disse o ex-jogador.
Até o momento, Gallardo sequer chegou a ser citado entre os alvos da CBF, que continua priorizando Carlo Ancelotti. Além disso, o argentino está perto de assumir o Olympique de Marseille, da França. Nomes como Dorival Júnior, Fernando Diniz, Abel Ferreira e Jorge Jesus também são especulados para a seleção.
É verdade que a Seleção Brasileira nunca teve técnico estrangeiro?
Com nomes como Carlo Ancelotti, Jorge Jesus e Abel Ferreira sendo especulados na Seleção Brasileira, muitos rechaçam a possibilidade de um técnico estrangeiro assumir a Canarinho. No entanto, caso aconteça, não será a primeira vez que o Brasil terá um treinador natural de outro país.
Em 1925, durante a disputa da Copa América, Ramon Platero, técnico uruguaio campeão carioca pelo Fluminense (1919) e Vasco (1923 e 1924), trabalhou junto com Joaquim Guimarães em seis partidas da competição. A Seleção Brasileira acabou sendo vice-campeã da competição.
Já em 1944 foi a vez do português Jorge de Lima, conhecido como “Joreca”. Ele treinou a seleção no período pré-Copa de 1950 ao lado de Flávio Costa. Como a seleção mesclou cariocas e paulistas na época, escolheu-se o técnico campeão carioca pelo Flamengo, Flávio Costa, e o campeão paulista de 1943 pelo São Paulo, Joreca.
O terceiro técnico estrangeiro do Brasil foi o argentino Filpo Nuñez, que dirigiu a seleção em apenas um jogo, contra o Uruguai, nas cerimônias de inauguração do Mineirão. Na época, Filpo era o treinador do Palmeiras, e por isso não pode prosseguir no comando da Canarinho.