O Atlético-MG pode, enfim, virar uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF). A ideia é que a transformação seja aprovada até o final de julho, conforme disse Bruno Muzzi, CEO do time de Minas Gerais.
Em entrevista a “CNN”, onde o dirigente participou junto de Sérgio Coelho, presidente do Galo, foram revelados detalhes sobre as conversas internas, como também a procura por investidores na SAF. O norte-americano Peter Grieve aparece como um dos favoritos a adquirir ações do Atlético.
“A SAF do Atlético é um pouquinho diferente, porque temos uma dívida muito elevada e precisamos solucionar. O Atlético, então, não deve ir para um modelo que concentra a dívida na associação, para um Regime Centralizado de Execuções (RCE, que foi o adotado pelo Botafogo), e direcionar 20% das receitas para pagamento da dívida. A gente deve seguir para um modelo que a gente vai deixar essa dívida para que seja completamente paga, seja em um ou quatro anos, será responsabilidade da SAF“, destacou Muzzi.
A ideia do Atlético-MG é não vender mais que 50% da SAF. A diretoria atual busca não perder o controle do futebol. Apesar disso, o investidor que aceitar o acordo pode ir adquirindo no futuro uma parte maior das ações caso cumpra com os aportes financeiros.
“Outro ponto importante é que não estamos vendendo 90%“, acrescenta Muzzi. “Estamos buscando um modelo que, no primeiro momento, tenha o controle do investidor e, a partir do momento que os aportes vão acontecendo, ele vai aumentando essa participação, devendo chegar na casa de 70%, 75%“, finalizou.
Por fim, vale lembrar que hoje o Atlético-MG tem a maior dívida do futebol brasileiro, com valores que superam R$ 1 bilhão. O novo investidor terá que se comprar a quitar isso e ainda por cima, fazer investimentos no futebol e infraestrutura do clube.