Renato Gaúcho sempre reclamou do apertado calendário do futebol brasileiro. Recentemente, após partida contra o Santos pelo Campeonato Brasileiro, o treinador gremista disparou: “Eu não tive tempo nenhum pra treinar. Eu simplesmente tirei o avião do corpo deles e o cansaço da viagem no sábado. Então não deu para fazer praticamente nada”.
De fato, as equipes brasileiras disputam competições como Copa do Brasil, Brasileirão, Libertadores/Sul-Americana de maneira simultânea, além dos campeonatos estaduais no início da temporada. Quem irá viver um panorama completamente diferente é Lionel Messi, que acertou sua ida para o Inter Miami, da MLS.
Considerando apenas o campeonato norte-americano, a temporada de um clube da MLS é de apenas oito meses e não chega nem a disputar 40 partidas oficiais no ano. A única competição “extra” seria a Liga dos Campeões da CONCACAF, mas que no caso de Messi, sua equipe não irá participar na próxima temporada.
Além disso, é impossível que uma equipe dos EUA dispute mais de 57 partidas no mesmo ano. Para alcançar esse número, ela terá de chegar à decisão da MLS, da US Open Cup e da Liga dos Campeões da Concacaf, além de alcançar pelo menos as semifinais do Mundial de Clubes.
É uma diferença enorme na comparação com a fase mais puxada da carreira de Messi no futebol europeu. Em 2011/12, ele foi a campo nada menos que 60 vezes pelo Barcelona. E ainda desfalcou a equipe em duas oportunidades.