Zico, maior ídolo da história do Flamengo, se “aposentou” dos gramados pela primeira vez em 1989. Depois que deixou a carreira de jogador, o “Galinho” tomou um rumo em sua vida que não agradou muitos apaixonados por futebol na época: a política.
Em 1990, Zico passou a ser o Secretário Nacional de Esportes, ocupando o cargo nos anos de 1990 e 1991, durante a presidência de Fernando Collor. Em sua estadia no governo, o ex-jogador criou a “Lei Zico”, que modificou a estrutura do futebol brasileira.
A lei diminuia o poder dos clubes em relação aos jogadores, criando o Conselho Superior de Desportos –entidade destinada a fazer cumprir a própria lei– e a organização da Justiça desportiva. A “Lei Zico” foi promulgada em 6 de julho de 1993.
Zico tinha uma boa relação com Collor, mas que se deteriorou após aliados do ex-presidente reclamarem dos efeitos da Lei Zico. Um dos pontos mais polêmicos da lei foi a captação de recursos financeiros para entidades desportivas através de bingos. Cobrado por políticos que o apoiavam, o então presidente engavetou o projeto de lei, o suficiente para Zico pedir demissão.
“Aquilo batia de frente com alguns setores que o tinham apoiado. Ele (Collor) engavetou. Ele parou com o contato direto que tinha comigo. Preparei minha carta de despedida, pois não tinha mais o que fazer”, afirmou o jogador.
Depois da aventura no meio política, Zico voltou atrás e decidiu a retornar aos gramados. O Galinho atuou até 1994 no Kashima Antlers, do Japão.