As investigações da “Operação Penalidade Máxima” começaram a gerar punições. O Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) puniu os jogadores Romário e Gabriel Domingos, ambos ex-Vila Nova, nesta segunda-feira (29).
Os jogadores foram julgados pelo envolvimento em esquemas de manipulação de resultados na série B do campeonato brasileiro.
Punições do STJD
Os jogadores foram enquadrados nos artigos 242 e 243 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). Vale ressaltar que o julgamento foi apenas no âmbito esportivo.
Romário foi banido do futebol e condenado a pagar multa de R$ 25 mil. Ele foi o intermediário para aliciar jogadores dispostos a cometer um pênalti na partida entre Vila Nova e Sport pela 38ª rodada da série B de 2022.
Já Gabriel Domingos levou suspensão de 720 dias e multa de R$ 15 mil. Domingos disse para um dos apostadores que iria cometer o pênalti na partida, mas isso não aconteceu. Entretanto, ele recebeu um pagamento adiantado dos apostadores.
O julgamento ocorreu em primeira instância, o que significa que os réus podem entrar com recursos para recorrer da decisão do juiz.
Romário admitiu envolvimento no esquema de apostas, mas que devolveu o dinheiro para os apostadores. Domingos também admitiu contato com a quadrilha de manipulação, mas que em momento algum pensou em cometer o pênalti — ainda mais que começou a partida no banco e a aposta do esquema previa uma penalidade no 1º tempo.
Os argumentos da defesa de Gabriel fizeram com que o jogador tivesse pena menor que Romário, que participou ativamente do esquema de manipulação. Esse foi o 1º julgamento do caso de apostas marcado para essa semana.
Na quinta-feira (1), o STJD vai julgar em primeira instância oito jogadores acusados de envolvimento com a quadrilha de manipulação de resultados. Entre eles estão os zagueiros Eduardo Bauermann, do Santos, e Paulo Miranda, ex-São Paulo e Grêmio.