Você que está lendo este texto deve estar se perguntando: “mas o Galvão vai voltar para a Globo?!”. Na verdade ele não vai, mas recebeu uma justa homenagem da emissora
A Rede Globo lançou na plataforma Globoplay o documentário “Galvão: olha o que ele fez”, que aborda uma versão do narrador diferente da que o público se acostumou a ver nas transmissões. A série conta bastidores de Galvão na Globo e como ele revolucionou a narração esportiva.
Galvão e a Rede Globo
Galvão chegou à Globo no final de 1981, após se destacar na Rede Bandeirantes. Ele dividia o protagonismo das narrações com o ex-narrador Luciano do Valle. Após a saída de Luciano da emissora, Galvão virou o “narrador titular” da TV.
“O ‘titular’ é o seguinte: eu posso estar narrando pra caramba. Brilhantemente. Melhor que ele. A final é dele, porque ele é o titular de esportes”, contou Cléber Machado, que foi narrador da Globo por mais de 30 anos
Um dos principais acontecimentos da série é o retrato do episódio em que Galvão desafiou a Globo em busca de mais reconhecimento. A Rede contratou o narrador Osmar Santos devido aos contatos publicitários que ele possuía, visando conseguir mais patrocinadores.
Isso desgastou a relação de Galvão com a emissora, até que ele foi contratado pela Rede OM, uma emissora pequena do Paraná, para ser diretor de esportes, o que daria uma remuneração muito maior do que na Globo.
Na Rede OM, Galvão conseguiu exclusividade na transmissão da Libertadores de 1992, em que o São Paulo se sagrou campeão. A emissora teve números impressionantes no ibope sob o comando de Galvão, de modo a ultrapassar a Globo.
Após esse episódio, Galvão foi “recontratado” pela Rede Globo em março de 1993. “Quando ele volta, aí eu acho que ele volta para atingir o ‘nível Galvão Bueno’ que se conhece hoje”, afirmou Cléber Machado.
Por fim, Cléber define que, naquele momento, Galvão revolucionou a função de narrador esportivo. “Ele está muito mais fortalecido, ele tem muito mais condição de pedir. Ele tem muito mais condição de se destacar, e é quando eu acho que a narração esportiva vira o que virou”, finaliza.