O documentário “Olha o que ele fez”, que narra a trajetória do narrador Galvão Bueno na Rede Globo, estreou nesta quinta-feira (18), na Globoplay. Apesar da obra contar com a participação de nomes importantes, como Cafu, Maestro Júnior e Walter Casagrande, algumas celebridades recusaram participar do projeto. Neymar foi um destes casos, e os diretores do documentário, Gustavo Gomes e Sidney Garambone falaram sobre a situação entre o narrador e o jogador.
“O Cafu, que está no documentário criticando o Galvão, sugere que o narrador deveria pedir desculpas para o Neymar pelas coisas que ele criticou o jogador. Mas o Galvão só criticou o Neymar por coisas dentro de campo” começou Gustavo Gomes, durante entrevista ao “Charla Podcast”.
“Levamos essa sugestão do Cafu para o Galvão. Aí ele falou: “Eu? Pedir desculpa ao Neymar? Por quê? Não falei mal da família dele, da vida particular dele. Não entendi porque tenho que pedir desculpas” completou Sidney Garambone.
Neymar não foi o único a ter se recusado a participar do documentário. Além dele, o jornalista Renato Maurício Prado, o ex-técnico Felipão e o ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet foram outros a não aceitarem o convite para a obra.
Você sabia que Silvio Santos fez proposta para contratar Galvão Bueno?
Galvão Bueno deixou o grupo Globo após mais de 40 anos trabalhando na empresa. Em entrevista concedida recentemente ao site UOL, o narrador lembrou de sua trajetória na emissora, e chegou a fazer uma revelação bombástica: a de que a SBT, gerida por Silvio Santos, fez uma proposta para contratá-lo.
Em 1992, Galvão chegou a ser afastado da Globo por conta da Copa Libertadores daquele ano. “A TV aberta que adquirisse os direitos de transmissão deveria exibir todas as partidas e nós abraçamos a ideia, mas a Globo não quis isso”, relembrou Galvão. Com isso, o narrador foi para a Rede OM, que adquiriu os direitos da competição, e fez um verdadeiro sucesso na TV.
No entanto, Galvão acabou retornando ao grupo Globo depois de dez meses de seu afastamento. “Se pensar assim, eu não deveria ter saído, porque a Globo é minha casa, mas foi o que aconteceu e acabei voltando. Não concordava com a forma que a TV [OM] era conduzida politicamente e financeiramente, mas realmente foi um sucesso”, afirmou.
O narrador finalizou a história falando sobre as propostas de outras emissoras. “Uma das minhas maiores alegrias foi quando eu me despedi no ar e, no dia seguinte, tive propostas da Bandeirantes, SBT, Manchete. Mas o Boni falou: ‘Chama esse safado de volta”, concluiu.