O Ministério Público de Goiás (MP-GO) segue as investigações de esquemas de apostas com a Operação Penalidade Máxima, que se encontra em sua fase II. De acordo com o órgão, as casas de apostas também entram como vitimas no caso.
Na operação, dois sites foram citados: Bet365 e Betano, que são em solo brasileiro, dois dos mais famosos do segmento. O motivo para se tornarem vítimas é o grande prejuízo que essas plataformas tiveram em razão do lucro obtido pelo grupo de apostadores. Não há projeção dos valores perdidos.
“Em tese, toda aposta direcionada, manipulada, traz prejuízo para a casa de apostas. Tanto é que eles têm um esquema de identificação de apostas fora do padrão. Eles cancelam determinadas apostas. Já aconteceu. Vamos enxugar gelo a vida inteira porque a corrupção sempre existiu na humanidade. Cabe a nós reprimir essa conduta“, destaca o promotor Rodney Silva, do do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Governo propõe regulamentação
A regulamentação, já proposta pelo governo federal, pode ajudar a verificar atividades suspeitas nas casas de apostas, é o que aponta Hans Schleier, diretor de marketing da “Casa de Apostas”.
“A regulamentação trará segurança para as empresas e para os apostadores, uma vez que as entidades e empresas estejam habilitadas para compartilhar dados para detectar comportamentos suspeitos“, destaca.
Recentemente nove sites de apostas formaram o Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR). O novo órgão acredita também “que a regulamentação vai do setor de apostas esportivas no Brasil como essencial para a segurança de apostadores, esportes e operadores, de forma que possam contribuir para o crescimento do país“, disse o IBJR em nota.