A “Operação Penalidade Máxima 2” identificou mais um suspeito de envolvimento no esquema de manipulação de resultados. As autoridades tiveram acesso a conversas entre o lateral-direito Mateusinho, hoje no Cuiabá, e uma quadrilha de criminosos.
O Ministério Público de Goiás chefia a operação que investiga a formação de esquemas entre apostadores esportivos e jogadores para obter determinados resultados durante partidas das séries A e B do campeonato brasileiro e alguns campeonatos estaduais.
Identificação de Mateusinho
As conversas obtidas pelo MP aconteceram no ano passado, quando o jogador atuava pelo Sampaio Corrêa na série B. Mateusinho participava de um grupo com sete pessoas e, durante um diálogo, ele afirmou que faria uma falta para tomar cartão amarelo.
“Pacilo, pô rapá eu sou bagulho doido. Me deu uma missão pra mim matar… ou mato ou morro mano. Não tinha jeito mano.”, declarou. Em seguida, ele diz que cumpriu com o combinado. “A missão foi cumprida, eu ia largar de barriga”, completou.
Os apostadores parabenizaram Mateusinho por ter cumprido o acordo de tomar cartão. “Ai ai, tu a partir de hoje tu cresceu muito comigo véi. Tu é como juvenil, mas agora é profissional”, escreveu um dos criminosos.
Tempo depois, o jogador enviou mensagens se mostrando disponível para outra esquema e até para ajudar na organização. Ele sugere que os apostadores coloquem dinheiro na partida entre Belford Roxo e Goyataz, pelo campeonato carioca.
Segundo o lateral, ele tem um amigo no Belford que poderia ajudar no esquema. Fala Vitão, manda a boa pra nóis. Tô durinho meu irmão. Entendeu? Fazer um dinheiro aí com a tipiçazinha. Vê se aparece aí. Vai lá em carioca lá. Campeonato carioca. Goytacaz e Belford Roxo. “Tem um parceiro meu aqui que joga no Belford Roxo”, afirmou.
Apesar de ser alvo das investigações, Mateusinho segue participando normalmente das atividades do Cuiabá. O lateral ficou no banco de reservas na derrota do Cuiabá para o Atlético Mineiro por quatro a zero ontem (10) pelo Brasileirão.