Nesta semana, o Independiente Del Valle, do Equador, acionou o Atlético Mineiro na FIFA pelo não pagamento da totalidade do valor referente à compra de Alan Franco, adquirido pelo Galo em 2020, por US$ 2,5 milhões (R$13 milhões). O time mineiro busca quitar o débito em até 40 dias para evitar uma punição desportiva.
Alan Franco foi contratado por pedido do então treinador Jorge Sampaoli. O meio-campista atuou em 47 jogos, anotando três gols com a camisa do Galo. O equatoriano deixou o clube mineiro em 2021, assinando com o Charlotte FC, da MLS, Hoje, ele defende o Talleres, da Argentina, por empréstimo do Atlético.
Atualmente, o Atlético-MG tem uma dívida líquida na casa de R$ 1,571 bilhão, a maior do futebol brasileiro. O clube alvinegro, no entanto, já tem um planejamento para implementação da Sociedade Anônima do Futebol (SAF), que deve ser concretizado ainda no primeiro semestre de 2023.
Entenda a dívida do Galo
No fim de 2022, o Galo divulgou ter alcançado um valor de cerca de R$ 1,571 bilhão apenas em dívidas. No entanto, o jornalista Jorge Nicola deu um panorama ainda mais assustador sobre a situação financeira do clube. Segundo ele, o Atlético gastou aproximadamente R$ 192 milhões apenas com os juros das despesas.
Ou seja, 12 meses de 2022 proporcionaram ao Galo um custo de R$ 16 milhões mensais, valor que pode ser considerado extremamente decepcionante, já que atrasa o desenvolvimento do time e impossibilita grandes investimentos no elenco. Os mecenas da equipe mineira calculavam um custo na média de R$ 8 milhões mensais com os juros.
As dívidas tem sido um grande problema para o Atlético nos últimos anos. Desde 2019, o Galo desembolsou cerca de R$ 200 milhões com processos na Fifa, R$ 100 milhões com empresários, R$ 80 milhões com fornecedores e R$ 60 milhões com dívidas trabalhistas.