Nesta sexta-feira (5), o treinador Vanderlei Luxemburgo foi apresentado oficialmente pelo Corinthians. Hoje com 70 anos, o folclórico técnico acumula diversas polêmicas e momentos curiosos em sua carreira. Confira algumas das principais histórias do futebol brasileiro envolvendo Luxa:
Ponto eletrônico
Em 2001, quando treinava o Corinthians, Luxemburgo causou polêmica ao utilizar um ponto eletrônico durante as semifinais do Campeonato Paulista, contra o Santos. Isso porque o goleiro Mauricio e o meia Ricardinho também entraram em campo com o aparelho no ouvido, onde recebiam instruções do treinador.
A ideia surgiu após o fracasso da Seleção Brasileira nas Olimpíadas de 2000. “Era um monte de moleques afobados correndo. Saí dali com a ideia de criar alguma coisa que ajudasse na comunicação. Quando cheguei no Corinthians, chamei o Wagner (Martinho, auxiliar) e disse para ele ir atrás de alguma coisa”, contou o treinador.
Mistério na escalação
Em um clássico entre Corinthians e Santos, no Paulistão de 2006, o comandante do Peixe na época escondeu a escalação até minutos antes da partida e chegou a fazer a equipe aquecer com 12 jogadores. A formação santista só foi descoberta quando os atletas foram ao gramado. A estratégia acabou funcionando, já que o Santos venceu o clássico por 1 a 0, gol de Geilson.
Treta com craque
Um dos episódios mais marcantes da carreira de Luxemburgo foi uma discussão que o treinador teve com Marcelinho Carioca ao vivo no programa “Por Dentro da Bola”, da TV Bandeirantes, que era apresentado por José Luiz Datena e ainda tinha a presença do ex-jogador Neto.
Luxemburgo viu uma insinuação de Marcelinho de que ele teria relações com empresários de futebol. O clima esquentou, e o treinador não se conteve: “Você é safado. Eu te conheço como cidadão há muito tempo, você não vale nada. Você é moleque. Você é safado”.
Calote em Edmundo
Em 1999, quando era técnico da seleção brasileira, Luxemburgo pegou R$ 400 mil emprestados com o atacante Edmundo. Posteriormente, o treinador deu dois cheques ao jogador, que foi ao banco tentar sacá-los, mas foi informado de que eles não tinham fundos.
O caso só foi resolvido em 2015, quando Luxa concordou em pagar R$ 2,35 milhões em dez parcelas a Edmundo.
Seleção, confusão e mudança de nome
O episódio aconteceu no ano de 2000, quando foi aberta uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar uma possível influência da fornecedora de materiais esportivos Nike em convocações da Seleção Brasileira.
Como era o treinador da Seleção na época, Luxemburgo acabou participando do caso. No início, a acusação e as investigações estavam focadas em cima da CBF, com o treinador afirmando não ter tido qualquer envolvimento.
No entanto, o cenário mudou após sua secretária o acusar de participar de transferências de jogadores, ou seja, lucrar com suas negociações. Além disso, a mesma secretária afirmou que comprava imóveis em seu nome para lavar o dinheiro destas negociações.
Por conta destas declarações, Luxemburgo foi acusado pelo Ministério Público de sonegação fiscal entre os anos de 1993 e 1997. Ele teve seu sigilio bancário quebrado, e foi obrigado a até mesmo mudar seu nome, retirando o W de “Wanderley” e adotando o Vanderlei, usado atualmente.