O capitão do pentacampeonato do mundo da seleção brasileira Cafú entregou as chaves de um imóvel na Riviera de São Lourenço, litoral de São Paulo, para a Justiça nesta quarta-feira (3). Imóvel faz parte de uma dívida do ex-lateral com o Banco Industrial do Brasil (BIB).
A Justiça determinou a reintegração de posse e o pagamento de multa diária de R$ 500 e R$ 15 mil de aluguel até o imóvel ser desocupado. Cafú e Regina, sua esposa, processam o banco.
Situação de Cafú
A dívida com o banco diz respeito a um empréstimo que Cafú e Regina fizeram com o BIB em 2017. Na ocasião, o casal fez um empréstimo de R$ 3,5 milhões, que tinha como garantia de bens imóveis e propriedades em seu nome.
No ano seguinte, foi feito um acordo de R$ 6,5 milhões, que incluía o pagamento da titularidade de alguns imóveis. O da Riviera estava entre os imóveis do acordo.
Entretanto, o Banco não recebeu o imóvel e, portanto, acionou a Justiça para a reintegração de posse. O BIB firmou um contrato de comodato com o casal para desocupar o imóvel em até um ano, o que não aconteceu.
De acordo com a defesa de Cafú, a entrega das chaves foi um gesto de boa fé do ex-lateral da seleção, mas os advogados entraram com uma ação contra o Banco. Segundo eles, o banco agiu de maneira arbitrária.
Os advogados do casal alegam que há diversas irregularidades e vícios contratuais que podem anular a ação que deu início à disputa do terreno na Riviera. A defesa pediu para suspender o processo de reintegração de posse e que o caso seja julgado por outro tribunal.
O processo segue correndo em sigilo, como a defesa de Cafú emitiu em nota:
“A defesa técnica esclarece que as providências legais estão sendo adotadas. Contudo, haja vista o sigilo na tramitação, essa defesa encontra-se obstada, neste momento, a melhor detalhar o caso concreto. Após o desfecho da ação em comento, certamente ficará comprovado que o ex-atleta não é legítimo para figurar no polo passivo de qualquer demanda ajuizada pelo referido Banco”.