A Justiça argentina definiu, na última terça-feira (18), que o processo envolvendo oito pessoas que são acusadas da morte de Diego Armando Maradona não será arquivado. Um juiz de primeira instância deve ser escolhido para julgar o a ação.
Dentre os acusados está Leopoldo Luque, neurocirurgião e integrante da equipe médica que estava cuidando do craque argentino até a sua morte, no dia 25 de novembro de 2020. Além dele, Augustina Cosachov, que é psiquiatra, um psicólogo, um médico clínico, uma coordenadora médica e outros três enfermos também estão envolvidos.
A equipe é acusada de “homicídio simples com dolo eventual”. Caso sejam considerados culpados, podem pegar de oito a 25 anos de prisão. Semanas antes de sua morte, Maradona foi submetido a um processo cirúrgico para tratar de uma lesão no cérebro.
“A operação correu bem e Maradona acordou bem e já está na sala de terapia, com todos os parâmetros corretos. Ele tem um pequeno dreno que será retirado amanhã”, disse Luque, na ocasião.
Segundo o jornal “OGlobo”, os enfermeiros que trabalhavam com o neurocirurgião afirmaram que ele teve uma briga com Maradona no último encontro, como também que o ídolo argentino era um paciente de forte temperamento.
Outras enfermeiras que foram ouvidas pela Justiça alegam que não conseguiram entrar no quarto do ex-jogador e que os medicamentos prescritos eram passados pelos ajudantes. Para a perícia havia falta de verificação sobre quais remédios Maradona estava tomando.
Por fim, esse fator foi crucial para mudar o quadro do caso, que antes era de apenas investigar as causas da morte e que agora passa para um homicídio culposo.