Após ser preso provisoriamente em 20 de janeiro, Daniel Alves deixou o prisão de Brians II pela primeira vez nesta segunda-feira (17) para depor no Tribunal Superior de Justiça de Barcelona. Em seu depoimento, o brasileiro mudou sua versão mais uma vez, apresentando agora sua terceira narrativa sobre o caso em que é acusado de violência sexual por uma jovem de 23 anos. No entanto, o novo relato do lateral contradiz as provas coletadas pela perícia no banheiro da área VIP da boate Sutton.
Daniel Alves depôs pela primeira vez à Justiça desde quando foi preso no princípio de janeiro. O ex-jogador do Barcelona e do São Paulo detalhou, em sua versão, como teria ocorrido o ato sexual entre ele e a jovem, na noite do dia 30 de dezembro. O depoimento do lateral durou cerca de meia hora.
Segundo informação do “UOL”, Dani Alves relatou que ficou o tempo todo sentado no vaso sanitário, onde primeiramente recebeu o sexo oral, e depois houve a penetração. Disse ainda que suas mãos ficaram nos quadris da moça que o denuncia.
Seguindo sua versão, o ex-lateral da seleção brasileira falou que em nenhum momento a denunciante tentou interromper o ato, sendo a relação totalmente consensual entre ambas as partes.
Nova versão de Daniel Alves é contestada com provas
A versão apresentada nessa segunda-feira é a terceira que Dani Alves apresenta para se livrar da acusação de violência sexual. Segundo o brasileiro, ele mentiu nas narrativas anteriores porque queria salvar seu casamento com a modelo espanhola Joana Sanz. O lateral pontuou que estava “obcecado” para proteger seu matrimônio, o qual teve um ponto final em março após anúncio feito pela ex-esposa do jogador nas redes sociais.
Porém, a nova versão de Dani foi contestada ainda durante o julgamento, pela advogada do Ministério Público e por Ester García, advogada da jovem que acusa o lateral.
Detalhes apontados na perícia podem complicar ainda mais a vida jogador. Após sua narrativa, Dani Alves foi confrontado pelo Ministério Público a respeito da lesão no joelho da denunciante. Mas a defesa do brasileiro se apressou para justificá-la: “Foram pequenas escoriações, que podem ter acontecido durante o sexo oral”.
A perícia realizada apontou que havia impressões da jovem em vários pontos do banheiro, como na parede e na pia, como foi descrito pela moça, e não foram relatadas por Dani Alves.
A versão da denunciante condiz com o que foi mostrado na perícia. A jovem relatou à Justiça que tentou deixar o banheiro da boate, mas o lateral a impediu, e disse ainda que foi empurrada por ele contra a pia, além de outros tipos de agressão.