A final do campeonato paulista entre Palmeiras e Água Santa é surpreendente em muitos aspectos. Entre eles, destaca-se a diferença de investimento e folha salarial entre as duas equipes.
O Palmeiras gasta R$ 18 milhões por mês em salários para o elenco. Já o Água Santa possui folha salarial de R$ 800 mil, R$ 17,2 milhões a menos que o alviverde.
Comparação entre os salários
Para efeito de comparação, o atacante Dudu é o jogador com maior salário no Palmeiras (R$ 2 milhões). Sozinho, o camisa sete alviverde conseguiria manter o time profissional do Água Santa por dois meses.
O zagueiro Gustavo Gómez e o meia Raphael Veiga possuem salários de R$ 1 milhão, ou seja, cada um conseguiria sustentar a equipe de Diadema por um mês. Isso revela a enorme diferença de investimento entre as equipes e explica o motivo do Palmeiras ser amplo favorito.
Diante da discrepância financeira, o técnico Thiago Carpini pede leveza aos jogadores do Netuno. “Quando a gente fala de leveza, é sobre tudo que foi conquistado. Temos responsabilidade com nós mesmos, de competir de forma digna e dar o nosso melhor”, explica o treinador.
Apesar do investimento modesto, o Água Santa utiliza a mesma estratégia do Bangu na década de 1980 para motivar seus jogadores e compensar os baixos salários: pagamento de altos bichos. A diretoria distribui R$ 900 mil para o elenco por cada vitória conquistada na fase de grupos.
Nos jogos de mata-mata, a premiação foi de quase R$ 400 mil. O Água Santa saiu na frente do Palmeiras na decisão ao vencer a partida de ida por dois a um em Barueri. Agora o Netuno tem que segurar o Verdão dentro do Allianz Parque para sagrar-se campeão paulista pela primeira vez e, é claro, receber uma premiação bem generosa da diretoria.