O árbitro André Luiz Skettino Policarpo Bento, considerado um dos melhores do quadro da Federação Mineira de Futebol (FMF) e que vinha ganhando espaço também na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), pode receber um “cartão vermelho” e ficar até 1 ano suspenso, sem poder apitar, devido a erros cometidos por ele na súmula do jogo entre Athletic e Ipatinga, no Mineiro.
André Luiz será julgado pelo Tribunal de Justiça Desportiva de Minas Gerais (TJD-MG), nesta terça-feira (04), a partir das 19h (horário de Brasília). Ele foi denunciado pela Procuradoria no Artigo 266 do Código Brasileiro de Justiça Desportivo, que trata sobre “deixar de relatar as ocorrências disciplinares da partida, prova ou equivalente, ou fazê-lo de modo a impossibilitar ou dificultar a punição de infratores, deturpar os fatos ocorridos ou fazer constar fatos que não tenha presenciado”.
Se for condenado pelo Tribunal, pode ser suspenso entre 30 e 360 dias, correndo risco também de multa entre R$ 100 e R$ 1.000. Há a possibilidade de o árbitro ser somente advertido. Inicialmente, o julgamento estava marcado para o último dia 21, mas foi remarcado para a próxima terça, após Skettino solicitar ser assistido por um “Defensor Dativo”, ou seja, um advogado da defensoria pública.
O erro cometido pelo árbitro que pode render a ele punição de até 1 ano
A denúncia contra o árbitro aconteceu em função de ele não ter identificado, em súmula, os integrantes uniformizados de Athletic e Ipatinga que invadiram o campo no decorrer do segundo tempo. Fato que impossibilitou a ação da Procuradoria em oferecer denúncias para possíveis punições. As informações, por este motivo, foram consideradas “vagas”.
O jogo entre os times foi realizado no Joaquim Portugal, em São João Del Rei, pela última rodada do Campeonato Mineiro, e terminou com vitória do Athletic por 2 a 0. Na súmula, Skettino relatou as situações da seguinte forma:
“Informo que, aos 20 minutos do segundo tempo, a partida foi paralisada para retirar integrantes uniformizados da comissão técnica da equipe Athletic C.E, que não estavam relacionados em súmula e estavam próximos ao banco de reservas da sua equipe. Informo que logo adentraram ao vestiário de sua equipe. Informo que aos 23 minutos do segundo tempo a partida foi paralisada para retirar integrantes uniformizados da diretoria da equipe Ipatinga F.C, que não estavam relacionados para a partida e se encontravam próximos ao banco de reservas da sua equipe. Informo que os mesmos resistiram em sair do local e só se retiraram com a presença da Polícia Militar”.
No documento da partida, Skettino relatou, nominalmente, as invasões de Nicanor Pires, Pedro Henrique e Amarildo Ribeiro, diretores do Ipatinga, após a partida. Eles também serão julgados pelo TJD-MG.
Skettino tem apenas 28 anos e apita jogos profissionais desde 2020, no Campeonato Mineiro e em divisões inferiores do Brasileiro. No ano passado, apitou oito jogos da elite estadual; neste ano, foram seis, sendo dois clássicos entre América-MG e Cruzeiro.