O caso Robinho ganhou mais um desdobramento na última segunda-feira (27). Uma associação de advogados entrou no STJ com um pedido pela defesa do ex-jogador, que foi condenado na Justiça Italiana.
De acordo com informações do “UOL Esporte”, a Associação Nacional de Advocacia Criminal (Anacrim) foi a organização que pediu permissão para argumentar, fazer pedidos e acompanhar o processo de perto.
O argumento da Anacrim diz que o processo vem tomando como base uma lei de 2017. Com isso, como o crime de Robinho aconteceu em 2013, a lei estaria retroagindo para prejudicar o réu. Caso o ex-atacante seja preso, isso violaria a sua dignidade pessoal.
O ministro Francisco Falcão, que está a frente do caso, ainda não deu uma resposta oficial sobre o pedido da associação. Na última semana, ele aceitou que uma entidade participasse do processo e que o passaporte de Robinho fosse entregue à Justiça.
Vale lembrar que a Anacrim não entrou no caso de mérito (se Robinho é ou não culpado do crime), mas sim na parte técnica da legislação brasileira.
O caso
Robinho foi condenado a nove anos de prisão na Itália, sem possibilidade de recurso, após ser acusado de participar de um estupro coletivo contra uma mulher de origem albanesa, em uma boate na cidade de Milão, em 2013.
Logo após a condenação, retornou ao Brasil, país que, por lei, não extradita cidadãos natos. Dessa forma, a Justiça da Itália pediu que sua pena seja cumprida em solo brasileiro e o que está sendo discutido neste momento é justamente se o ex-jogador pode ou não ser preso e não se ele é de fato culpado ou inocente.