Algo de certa forma comum são jogadores brasileiros que possuem dupla cidadania e optam por defender a seleção de outro país, geralmente europeu. São casos como o de Deco e Pepe, ambos de Portugal, Diego Costa, da Espanha, Jorginho, da Itália, entre outros. Em breve poderemos ver isso se repetir, só que desta vez em uma seleção da América do Sul.
O técnico da seleção do Paraguai, o argentino Guillermo Barros Schelotto, abriu o jogo sobre a possibilidade de utilizar dois jogadores brasileiros que possuem raízes paraguaias. Um deles é o atacante e lateral Pepê, do Porto, e o outro é o meia-atacante Maurício, do Internacional.
“Não tive contato com eles, recebemos informações sobre a possibilidade de serem paraguaios, mas não posso determinar que se tornem paraguaios. São eles que devem dar o passo adiante. Eles têm que mostrar que querem jogar aqui pela seleção”, disse o treinador em uma entrevista coletiva. Antigo atacante do Boca Juniors, Schelotto fez diversos elogios aos jogadores: “Eles jogam bem, jogam muito bem”.
A ligação dos brasileiros Pepê e Maurício com o Paraguai
A mãe de Pepê é descendente de paraguaios. Destaque do Porto na última temporada, o ex-jogador do Grêmio esperava estar na primeira convocação da seleção brasileira feita por Ramon Menezes.
Já Maurício, apesar de ter nascido em São Paulo, tem o pai, Carlos Alberto, com nacionalidade paraguaia. No meio do ano passado, o meia havia falado sobre a possibilidade de defender a seleção do país vizinho.
“Claro que houve interesse, tinha conversado quando o Medina estava aqui. Não conversei com a minha família, tenho que conversar com todo mundo. Não envolve só eu querer ou não, é uma decisão difícil. Eu sou brasileiro, também tenho meus sonhos. Tenho que pensar com carinho, não cheguei a pensar. Vou ver o que vai ser melhor para minha família”, disse à época.