A investigação da acusação de estupro contra Daniel Alves ganhou mais um capítulo na tarde de terça-feira (21). A defesa da jovem que acusa Daniel de agressão sexual entrou com um recurso para impedir a mulher de fazer o exame psicológico com um psicólogo particular indicado pela defesa do jogador.
O exame psicológico é fundamental em casos de agressão sexual, a fim de verificar se o relato da vítima condiz com os sintomas apresentados por ter sofrido um estupro.
Tramitação do recurso
A advogada da vítima, Esther García, entrou com um recurso contra a decisão do juiz de permitir o exame com um profissional particular proposto pela defesa do atleta. De acordo com fontes judiciais da Espanha, o juiz teria concordado com o pedido do advogado de Daniel Alves, Cristóbal Martell.
O advogado ainda solicitou que o exame fosse gravado, alegando que a vítima esteja sofrendo de “distorção narrativa”. O Ministério Público e a defesa da jovem se opuseram à solicitação da gravação, que não foi atendida pelo juiz por ser considerada “insólita” na esfera criminal.
Diante desse impasse, o exame psicológico da vítima segue suspenso até o juiz analisar os recursos de ambas as partes. A investigação do caso de agressão está na justiça desde 30 de dezembro e também segue paralisada.
A Justiça aguarda o fim da discussão sobre o exame de perícia, mesmo com a coleta de relatos de testemunhas e provas biológicas em mãos, para dar andamento ao processo. O jogador está preso preventivamente há dois meses e a defesa segue tentando a liberação provisória de Daniel Alves.