O Água Santa já fez história ao chegar de forma heroica na grande decisão do Campeonato Paulista diante do Palmeiras. Mas a equipe do interior paulista corre o risco de não ter jogadores para o segundo jogo da final, marcado inicialmente para o dia 9 de abril.
Isso porque, Thiago Carpini, técnico da equipe de Diadema, afirmou após a classificação nos pênaltis contra o RB Bragantino que 80% dos jogadores do clube têm contrato só até o dia 4 de abril — dia exato do fechamento da janela de transferências no Brasil.
Como os contratos se encerram exatamente no último dia de janela de transferências, a equipe não conseguiria fazer um novo contato. O atleta que manifestar o interesse de jogar o segundo jogo da decisão teria que pausar a carreira até a janela do meio do ano (3 de julho).
Entenda o dilema do Água Santa para a final do Paulistão contra o Palmeiras
Para jogar o Paulistão, a diretoria montou um elenco de apenas 26 jogadores e com contratos de curta duração, pois não tem calendário completo em 2023.
O clube já tinha conhecimento das datas e do regulamento do Paulistão desde o começo do ano, mas optou por não participar da Copa Paulista para investir na Arena Inamar, o seu estádio. Além disso, não imaginava que poderia chegar à final do estadual (as datas da decisão foram definidas em outubro do ano passado).
Internamente, a Federação Paulista de Futebol (FPF) não se responsabiliza pela escolha do próprio Água Santa. O regulamento foi discutido no Conselho Técnico, as datas da final foram escolhidas há muito tempo e a janela de transferências da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) também.
A partida de ida da decisão não pode acontecer neste fim de semana por conta da Data Fifa. Existe a chance dos jogos serem antecipados e o primeiro jogo pode acontecer no meio da semana que vem.