O fraco desempenho técnico da seleção brasileira, eliminada nas quartas de final da Copa do Mundo Catar 2022 para a Croácia, nos pênaltis, teve reflexos além do esportivo para o Brasil. Com a moral em baixa, a Fiat não renovou contrato com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Com isso, a entidade agora procurará um novo apoiador dentro do segmento automotivo.
“A parceria de patrocínio à CBF durou quatro anos, conforme previsto em contrato, e foi muito bem-sucedida. Estivemos juntos em momentos importantes para as seleções do Brasil, como as Copas do Mundo e as Olimpíadas com os times feminino e masculino”, afirmou a Fiat à Máquina do Esporte, por meio de sua assessoria de imprensa.
A montadora iniciou a parceria com a CBF em 2019, no lugar que havia ficado vago desde a saída da Chevrolet, parceira entre 2014 e 2016. O contrato assinado pela Fiat foi válido por quatro anos. Finalizado esse período, a empresa não comentou sobre as razões de deixar a parceria com a seleção brasileira, eliminada nas quartas de final da Copa de 2022 ao perder para a Croácia nos pênaltis.
“Para 2023, a Fiat segue trabalhando para manter sua relevância com o consumidor e terá outras ações de grande visibilidade”, disse a empresa, que pouco ativou o patrocínio durante a última Copa do Mundo.
Queda nas vendas foi associada ao fracasso da seleção brasileira
A marca não comentou se a saída tem relação com a queda nas vendas de automóveis no Brasil em 2022, que foi de 0,8%, segundo dados divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) em janeiro. Foram vendidos um total de 1.957.699 carros novos no país no ano passado, apesar da expectativa de recuperação do setor com a desaceleração da pandemia.
No entanto, a Fiat foi menos atingida pela crise no segmento. A montadora manteve folga na liderança, tendo negociado 430.202 carros novos ao longo do ano, o que representa uma fatia de 22% desse mercado.
A segunda posição é justamente da Chevrolet, antiga parceira da CBF, que vendeu 291.418 automóveis e obteve 14,9% de participação.
Novo parceiro da CBF
A CBF, por sua vez, divulgou que o encerramento do contrato ocorreu em comum acordo entre as partes.
“A Fiat foi um importante parceiro ao longo dos anos, em uma plena relação de confiança, reforçada sobretudo nos momentos mais difíceis e cruciais pelos quais a CBF passou. A CBF agradece pelo trabalho desenvolvido pela Fiat durante todo esse tempo”, informou a confederação.
A entidade, porém, não revelou se já tem conversas em andamento com alguma outra empresa do setor.
“Como parte da nova etapa da atual gestão, a CBF agora segue em busca de novos caminhos nesse segmento”, resumiu.