Você sabia que o meio-campista André Anderson, do São Paulo, também é pastor e divide seu tempo entre o campo e os cultos? Aos 23 anos, o jogador cultiva esse lado de fé desde cedo. Quando jogava na Lazio, da Itália, já mostrava em vídeos suas pregações. Agora, no Brasil, ocupa parte do tempo fora dos gramados no bairro do Embaré, bem próximo ao porto de Santos. Região movimentada, onde uma pequena porta de aço azul com a placa “Assembleia de Deus” no topo mal é notada.
A religião é onde o jogador se apega em um momento difícil na carreira. Por conta de uma pubalgia, André Anderson se limita a atividades na fisioterapia do São Paulo. O meia, que possui contrato de empréstimo com o clube até fim de junho, não atua desde novembro e dificilmente terá novas chances.
Pregando, jogador do São Paulo quase não é reconhecido por fiéis
Ajoelhado e de costas para os fiéis, o meia do São Paulo se concentrava antes de se comunicar. Foram alguns minutos particulares antes de assumir o microfone e falar por cerca de 20 minutos. Uma palavra para descrever André Anderson sobre o púlpito é intensidade. O meia se movimentava e falava de maneira firme, enquanto os fiéis, como a própria esposa do jogador, o acompanhavam com gritos de “aleluia” e “glória”, referendando o discurso citado.
Ele escolheu João, capítulo 3, versículo 16, como texto inspirador para a sessão de adoração no salão da igreja. O azul das paredes servia de cenário para minutos de um discurso inspirado.
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho Unigênito para todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha vida eterna (aleluia)”, repetiu mais de uma vez o meia são-paulino.
É provável que muitos não sabiam que ali pregava um jogador de futebol que atualmente representa um gigante do país. Gente humilde, que chegou à igreja em motos ou bicicletas, e testemunhava a pregação de um homem que, naquele momento, era mais um deles.