Infelizmente, foi registrado mais um episódio de violência no futebol. Dessa vez, a cena grotesca ocorreu durante rodada da Liga Europa, em Eindhoven, na vitória do PSV, da Holanda, por 2 a 0 sobre o Sevilla, da Espanha, resultado que mesmo assim eliminou os holandeses da competição.
Já nos minutos finais do duelo, quando o time da casa vencia por um gol de diferença, um torcedor invadiu o campo. O homem foi direto ao goleiro Marko Dmitrovic, do Sevilla, e o acertou com um soco. No fim das contas, o invasor levou a pior ao ser imobilizado pelo arqueiro e contido pela segurança. Além da falha na proteção ao gramado, a ocorrência revela um erro grave do próprio PSV nas catracas: o rapaz de 20 anos já tinha sido banido anteriormente do Estádio Philips.
Conforme informações da imprensa holandesa, o agressor havia sido proibido de frequentar o Estádio Philips por alguns anos. O incidente anterior que resultou na punição, porém, não foi citado. Após ser imobilizado por Dmitrovic, o invasor foi levado pela polícia. Será indiciado pela agressão.
O PSV precisa revisar seus processos de segurança. É certo que nem todos os torcedores têm suas identidades verificadas na entrada, especialmente aqueles que usam ingressos de outras pessoas. Entretanto, isso também indica que o banimento do estádio tende a não ser efetivo. Há uma brecha grande, que o episódio recente evidenciou.
Se agressor já estava banido, qual será nova punição?
A tendência é que o PSV receba uma punição da Uefa pela falha de segurança. Depois da partida, membros do clube condenaram o ato, incluindo o técnico Ruud van Nistelrooy e o diretor Marcel Brands. “Se depender de mim, ele vai ser banido pelo resto da vida. Ele enganou o PSV e outros torcedores. Acho que esse momento é pior que a eliminação. Não faz parte do PSV de jeito nenhum”, declarou Brands. O banimento por si, de qualquer forma, está claro que não basta.
Já Dmitrovic preferiu não colocar a culpa no PSV pelo incidente: “Um torcedor me empurrou por trás. Imagino que ele estava bravo com o resultado, imagino também que um pouco bêbado. Eu o segurei até a segurança chegar. Eu estava com raiva no corpo. Essas coisas não podem acontecer. Vou ficar quieto para não dizer o que queria fazer de verdade. Felizmente eu estava consciente de saber onde estava e de tê-lo contido. Se alguém me ataca, vou me defender. O PSV é um grande clube e certamente o castigará”. Apesar do soco, como não foi atingido em cheio, Dmitrovic não se machucou.