Uma história feliz pode ter um final bem diferente do esperado. Torcedores do Atlético Mineiro foram à Justiça nos últimos meses para cobrar indenizações por dano moral e ressarcimento. O problema, porém, é mais difícil de resolver porque o clube também acumula dívidas com terceiros diretamente ligados à situação.
O Galo não entregou todas as demandas do Manto da Massa de 2022. A produção parou e a torcida ficou de mãos vazias. Ao todo, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) soma mais de 20 acusações contra o Atlético Mineiro de pessoas físicas em volta do mesmo assunto: a falta das camisetas.
Do sucesso à lama
O concurso Manto da Massa surgiu em 2020, quando a diretoria do Galo decidiu dar mais “poder” à torcida, que poderia desenhar uma peça oficial do clube. Os torcedores enviariam as artes pensadas ao Atlético Mineiro e esperariam o anúncio do vencedor.
No ano de estreia, 100 mil unidades do modelo campeão foram vendidas em uma única semana. No seguinte, aumentou: 120 mil. Ou seja, um tremendo sucesso, que prometia bater novos recordes em 2022.
Infelizmente, o destino reservava algo diferente. O Atlético Mineiro trocou de fornecedora do material esportivo, acumulou dívidas com uma fábrica de camisas, Tecnotêxtil e não finalizou as entregas até a data estipulada (31 de Dezembro).
Justiça atrás do Galo
Os torcedores foram atrás dos direitos e entraram com processos judiciais contra o Atlético Mineiro no TJMG, principalmente na última semana. Não demorou para o fato tomar repercussão. A diretoria do Galo, que compreende a importância do concurso no futuro, já entrou em contato com a Tecnotêxtil e chegou a um acordo para a retomada da produção.