Não dá para acreditar. Entra ano, sai ano e nada acontece. Mais uma vez, a Conmebol está diante de um caso de racismo contra jogadores brasileiros. Será que a punição chega? Os torcedores do Carabobo foram flagrados imitando som de macaco para o elenco do Atlético Mineiro e a comissão técnica na chegada ao Estádio Olimpico de la UCV.
Não é o primeiro e nem será o último episódio se a organização sul-americana mantiver uma postura passiva com os clubes. Até porque, além da punição aos próprios criminosos, é preciso aplicar multas e restrições aos times para que as diretorias conscientizem a torcida sobre a gravidade de cometer atos discriminatórios.
Brasileiros sofrem faz tempo…
Somente em 2022, na última temporada da Libertadores, três equipes brasileiras relataram manifestações racistas por parte dos adversários em duelos da competição: Palmeiras, Corinthians e Flamengo. No caso do Corinthians, houve até símbolo nazista reproduzido pelos torcedores do Boca Juniors.
Segundo informações do Lance! a partir de documentos do Observatório da Discriminação Racial no Futebol Brasileiro, 38 casos já foram registrados sem qualquer punição em jogos da competição. A pesquisa levantou dados desde 2014.
E agora Conmebol?
Alguns repórteres presentes no Estádio venezuelano afirmaram que o Atlético Mineiro, em breve, irá liberar as imagens lamentáveis. Cabe aos outros clubes se unirem em prol da causa e cobrar a Conmebol de fato.
Os jogadores e membros da comissão técnica não podem mais passar por situações de racismo quando viajam pela América do Sul ou recebem os times estrangeiros. Mesmo em dentro do próprio país, os brasileiros são vítimas e, muitas vezes, esquecidos.