Vizinhos do Brasil oficializam candidatura para sediar a Copa do Mundo

A Copa do Mundo Fifa pode voltar a ser disputada na América do Sul. A última vez foi em 2014, quando o Mundial foi realizado no Brasil – foi a Copa do 7 a 1 para a Alemanha, que depois foi campeã, lembra? Estão pleiteando sediar a Copa do Mundo Argentina, Uruguai, Chile e Paraguai.

O quarteto sul-americano oficializou nesta terça-feira, 7 de fevereiro, uma candidatura conjunta da América do Sul para sediar a Copa do Mundo de 2030, em evento realizado na sede da Federação Argentina de Futebol, em Buenos Aires. Seria o sexto mundial no continente. O presidente argentino, Alberto Fernández, escreveu no Twitter que também convidará a Bolívia a se juntar ao grupo.

A outra candidatura anunciada ao torneio que marcará os 100 anos do Mundial é de Espanha e Portugal, que incluíram também a Ucrânia, com a ideia de realizar um grupo em Kiev. Espera-se que a Arábia Saudita, atualmente muito próxima de Gianni Infantino, tente emplacar mais uma Copa do Mundo no Oriente Médio, apenas oito anos depois do Catar, ao lado de Grécia e Egito. Marrocos, o país mais acostumado a ser recusado pela Fifa no mundo, também pode entrar na disputa.

Por que seria importante a Copa do Mundo 2030 na América do Sul?

A candidatura sul-americana tem uma força especial porque seria simbólico que a Copa do Mundo retornasse ao lugar onde ela começou, 100 anos depois. “É uma dívida histórica a volta da Copa do Mundo para a América do Sul, retornando às suas raízes, onde tudo começou, em 1930. Uruguai foi o primeiro campeão mundial, com vitória por 4 a 2 sobre a Argentina na final, no então novíssimo estádio Centenário, em Montevidéu”, disse a Conmebol, em nota oficial.

O presidente da entidade sul-americana, Alejandro Domínguez, esteve presente no evento, ao lado do presidente da AFA, Claudio Tapia, o ministro dos Esportes do Paraguai, Diego Galeano Harrison, o secretário nacional de Esportes do Uruguai, Sebastián Bauzá, a ministra dos Esportes do Chile, Alexandra Benado, e o ministro do Turismo e Esportes da Argentina, Matías Lammens.

“Acreditamos sempre, e a Fifa tem a obrigação de honrar a história daqueles homens que tornaram possível o torneio mundial há 100 anos. Tenho certeza de que esses homens ficariam surpresos ao ver o que o futebol conquistou”, disse Domínguez, que completou:

“Que a Copa do Mundo tenha voltado à América do Sul (com o título da Argentina) é uma alegria. Não foi uma casualidade. É fruto de um trabalho muito bem feito. Ninguém tem a paixão do sul-americano pelo futebol. Estamos falando de quatro países que vivem a cultura do futebol, que estão acostumados a organizar eventos de futebol. Sabemos como fazê-lo. Acreditamos na capacidade de cada uma das autoridades para levar este sonho adiante”.

Além da primeira Copa do Mundo, no Uruguai, o evento foi sediado na América do Sul em 1950 (Brasil), 1962 (Chile), 1978 (Argentina) e 2014 (Brasil).