A FIFA decidiu, na última quarta-feira (1), acabar com a prescrição disciplinar em casos de agressão sexual no futebol. Dessa forma, os processos por esse crime não serão mais encerrados automaticamente em um prazo de dez anos.
A entidade tomou a medida após alguns casos de denúncias por agressão sexual de jogadores virem à tona. Dentre eles, o que mais ganhou repercussão foi o do lateral direito Daniel Alves, acusado de abusar de uma mulher em uma boate na Catalunha.
Outros exemplos são o do também lateral Mendy, ex-Manchester City. O francês foi acusado de nove crimes sexuais. Até o momento, foi inocentado em sete e ainda restam outros dois casos para serem concluídos.
Já o ex-atacante Robinho foi condenado a nove anos de prisão em primeira instância na Itália e sem possibilidade de recurso por forçar uma mulher a ter relações sexuais, em uma boate em Milão. Como o ex-jogador está no Brasil, ele não pode ser extraditado por não haver acordo entre os países.
O futebol feminino também registrou denúncias de agressão sexual. Foi o caso dos técnicos Paul Riley, Christy Holly, Rory Dames e Richie Burke, que foram banidos do futebol pela National Women’s Soccer League (NWSL), após denúncia de jogadoras as equipes que treinavam.
“As mudanças buscam principalmente melhorar a proteção de algumas partes nos processos levados aos órgãos jurisdicionais da Fifa, dotando a entidade de instrumentos suplementares na luta contra os métodos e práticas ilegais, imorais ou contrárias à ética“, escreveu a FIFA em comunicado.