Torcedores – se é que eles podem ser chamados dessa forma – de Grêmio e São José promoveram na noite deste domingo, 29 de janeiro, cenas lamentáveis que, infelizmente, se repetem a cada dia no futebol brasileiro e mundial. Membros das duas torcidas entraram em confronto antes do jogo entre as duas equipes. Além da grande confusão, também houve estragos em veículos estacionados no entorno do estádio Francisco Novelletto.
A Brigada Militar agora trabalha na identificação dos envolvidos no caso, bem como quais torcidas estiveram presentes na briga. Esse ponto é fundamental na punição das organizadas que protagonizaram o fato, segundo informaram as autoridades que apuram o ocorrido.
“Temos a informação que um grupo de torcedores possivelmente de uma torcida organizada do Grêmio se confrontou com uma organizada do São José e teria recolhido os instrumentos da organizada. Possivelmente faça parte de um conflito anterior, mas importa é dar resposta a fatos desta gravidade”, disse o titular do Juizado do Torcedor, Marco Aurélio Xavier, presente no estádio, para a ‘RBS TV’.
Conforme informações da ‘Rádio Gaúcha’, um grupo de cerca de 60 gremistas encurralou cerca de 20 torcedores do São José antes da partida, o que gerou confronto e correria na rua Padre Hildebrando, acesso da torcida local no estádio.
A polícia agiu na sequência e controlou o foco do problema. Pelo menos três veículos foram danificados com pedras, um deles da ‘Rádio Gaúcha’. Rojões também foram utilizados pelos torcedores na briga. Houve correria e o desespero tomou conta de que queria apenas assistir a um jogo do Campeonato Gaúcho.
Pai de funcionário do clube que teve o carro danificado se lamenta após briga entre torcidas do Grêmio e São José
Márcio Pereira da Silva é pai de Yuri Machado, que é funcionário do São José. O veículo, um Renault Clio, que pertence a Yuri, teve os vidros quebrados e a lataria amassada. Segundo relatos de Márcio, a avaliação inicial é de que o custo para o conserto do carro será de cerca de R$ 4 mil.
Em entrevista à Rádio Gaúcha, Márcio lamentou que o filho tenha que arcar com o prejuízo de uma confusão que teria se originado do conflito entre torcidas organizadas.
“Meu filho trabalha no clube. Estava viajando com a escolinha. Me ligaram para informar que o carro foi destruído. Fico chateado por ser algo que envolva o trabalho dele, que precisa do dinheiro. E temos isso. Vândalos que poderiam vir curtir o futebol numa boa e se depara com uma situação dessas. Nunca se viu esse tipo de situação em jogos do clube”, lamentou Márcio.