Por mais que o ex-craque Robinho tente se manter longe dos holofotes, na maior parte do tempo recluso em sua mansão em Santos, vira e mexe o assunto de sua condenação por violência sexual em grupo na Itália vem à tona. Dessa vez quem “desenterrou” o tema foi Flávio Dino, ministro da Justiça do governo Lula.
Em entrevista à rádio BandNews FM nesta quarta-feira, 18 de janeiro, Flávio Dino disse que o Brasil pode prender Robinho por conta de sua condenação na corte italiana. De acordo com o ministro da Justiça:
“Esse é um tema que inicialmente tramita pelo Ministério da Justiça e nós temos a Secretaria Nacional de Justiça, que é o órgão central de cooperação jurídica de relação internacional, que faz esse processamento”, afirmou Flávio Dino.
O ministro de Lula ressaltou que, até o momento, o caso ainda não chegou em suas mãos, também por causa dos ataques golpistas ocorridos em Brasílio no dia 8 de janeiro, quando bolsonaristas destruíram prédios federais na Praça dos Três Poderes.
O Ministério da Justiça da Itália havia feito o pedido de extradição ao governo brasileiro em outubro do ano passado, ainda sob gestão de Jair Bolsonaro.
Ministro da Justiça preferiu ainda não opinar sobre o caso Robinho
“O exame definitivo compete a questões jurídicas, não são questões políticas. A própria Constituição brasileira proíbe a extradição de cidadãos brasileiros natos. Mas, agora pode, em tese, haver esse cumprimento de pena, mas isso precisa ser examinado e isso efetivamente tramitar”, disse Flávio Dino que completou:
“Efetivamente isso não chegou e não posso dizer ainda minha opinião, mas evidentemente, posso afirmar que a minha visão é de que crimes, quaisquer que sejam eles, devem ser punidos. Mas, a aplicabilidade de um caso complexo como esse só pode ser feita depois que houver toda a tramitação”, finalizou o ministro da Justiça.