O meio-campista uruguaio Carlos Sanchéz, de 38 anos, está de malas prontas para deixar o Santos após seis temporadas no clube da Vila Belmiro. Tudo indica que o veterano jogador deve assinar com o Peñarol, do Uruguai, após rescindir contrato com o Peixe, já que seu contrato vai até julho deste ano.
A vontade de Carlos Sanchéz de atuar em sua terra natal antes de encerrar a carreira pesou em sua decisão. Apesar de ter iniciado a carreira no Liverpool, do Uruguai, deixou o clube em 2010 para jogar pelo Godoy Cruz, da Argentina. No país vizinho, o uruguaio teve uma passagem de grande destaque no River Plate, onde conquistou a Libertadores da América em 2015.
Com a camisa do Santos, Carlos Sánchez viveu seu melhor momento em 2019, sob o comando do argentino Jorge Sampaoli. Em uma formação que lhe permitia chegar mais próximo da área, o camisa 7 acabou a temporada como o artilheiro da equipe, com 19 gols marcados, além de 11 assistências, em 57 jogos.
Mas nos anos seguintes o uruguaio conviveu com lesões, o que atrapalhou sua sequência na equipe. Em 2020, o meio-campista uruguaio sofreu uma ruptura dos ligamentos do joelho contra o Olimpia, do Paraguai, pela fase de grupos da Libertadores. Foram quase nove meses sem disputar uma partida oficial até o retorno em junho de 2021, contra o Grêmio, pelo Brasileirão. No mesmo ano, se tornou o maior artilheiro estrangeiro do Santos, passando o colombiano Jonatan Copete, com 32 gols marcados com a camisa do Peixe.
Já na temporada passada, Sánchez sofreu uma lesão no ligamento colateral medial do joelho direito logo no início do ano. Foram 21 partidas em 2022, na maioria saindo do banco de reservas. Em dezembro, durante a pré-temporada, ficou afastado após testes realizados pelo meia apontarem uma alteração cardiológica.
Na semana passada, depois de nova bateria de exames, Carlos Sánchez foi liberado para retornar aos treinnamentos com o grupo, mas ganhou alguns dias de folga devido ao esforço realizado nestes testes.
Pelo Santos, Sanchéz não conseguiu o mesmo desempenho que lhe rendeu o título de ‘Rei da América’
Carlos Sánchez, então no River Plate, foi eleito o melhor jogador atuando na América do Sul, em 2015. Foi a primeira vez que um jogador uruguaio venceu o prêmio do jornal El País, do Uruguai, o de maior prestígio no continente. Sánchez, que vestia a camisa 8 no River Plate, foi um dos principais jogadores dos Millonarios nas conquistas da Recopa Sul-Americana, Copa Libertadores e Copa Suruga. Ele também estava em campo na derrota para o Barcelona, na final do Mundial de Clubes.
Carlos Sánchez foi eleito o melhor por larga margem, com 182 votos. O segundo colocado foi Carlos Tevez, do Boca Juniors, com 61. Miller Bolaños, da LDU e da seleção do Equador, foi o terceiro colocado com 23 votos.
O Rei da América é o principal prêmio de todas as Américas. Elege, da América do Norte à América do Sul, o melhor jogador deste lado do Atlântico. Promovido pelo jornal El País, conta com a participação de 436 jornalistas de diversas partes do mundo.