Goleiro do Brasil chora com saudades de seu falecido pai

Pela segunda Copa do Mundo consecutiva, Alisson é o goleiro do Brasil. Atuando pelo Liverpool, da Inglaterra, chegou ao Catar com quatro anos a mais de bagagem e alguns títulos para a conta. Mas apesar da boa fase e da possibilidade de conquistar o hexacampeonato mundial com a seleção brasileira, Alisson sente mesmo é saudade do pai, falecido tragicamente em fevereiro de 2021.

“Eu vou dizer uma coisa que pode parecer dura, mas é verdade: depois que a pessoa morre, não tem o que fazer. Eu tenho esse alívio dentro de mim porque fiz tudo com meu pai em vida. Disse a ele tudo que tinha que dizer. Disse ‘eu te amo’, pedi perdão por muitas coisas e ele também fez isso comigo. Tínhamos uma relação muito pura, muito mais que pai e filho. Éramos amigos. Eu sinto muito a falta dele. Ainda sinto. Não tem um dia que não penso no meu pai, vejo a imagem dele, as lembranças tomam minha mente e eu choro de saudade”

Alisson, goleiro do Liverpool e da seleção brasileira

Pai dos goleiros Alisson e Muriel, José Agostinho Becker foi encontrado morto após desaparecer em uma barragem na região de Lavras do Sul, município a 320 km de Porto Alegre. José Becker, que tinha 57 anos, morreu após cair na água e se afogar. A barragem está localizada dentro da propriedade da família, e não havia sinal de telefonia no local.

Alisson decidiu seguir em frente e diz que está pronto para conquistar o hexa com o Brasil

Quase dois anos após o falecimento do pai, Alisson não esconde o sentimento de saudade, mas colocou na cabeça que era preciso seguir em frente por gratidão a tudo que o pai fez por ele e a todos que o apoiaram nesse momento de dificuldade. Talvez por isso se sinta pronto para a difícil missão de conquistar o hexa com o Brasil.

“Se você me perguntar se estou mais preparado do que em 2018, te respondo que estou tão preparado quanto, em um momento maduro, tendo conquistado títulos que me deram bagagem. Tenho muita fé na qualidade do nosso time e no potencial que temos para fazer grandes coisas no Catar”