Uma das características mais marcantes de todos os grupos que já defenderam a seleção brasileira é o alto astral. O ambiente descontraído, com muita resenha, risadas e, claro, aquele pagodinho no ônibus e no vestiário, servem para diminuir a tensão e unir ainda mais os 26 jogadores.
Há quem prefira ficar mais contido, concentrado, mas a famosa “turma do fundão” comanda a farra nos treinos, viagens e hotel. E quem são os líderes dessa bagunça? Existe o chamado “bonde da confusão”, formado pelo quarteto Éder Militão, Vinicius Junior, Lucas Paquetá e Rodrygo. Quando eles se juntam a farra está garantida.
O hit “Ai, Pedro”, uma paródia de “Ai, Preto”, canção de DJ Biel do Furduncinho e L7nnon, embalou a última data Fifa antes da Copa do Mundo e trouxe um quinto elemento para o “bonde da confusão”: o próprio centroavante Pedro, que voltava à seleção naquela convocação e faz parte do grupo de Tite para a Copa do Mundo do Catar 2022.
E a turma da bagunça é organizada. Éder Militão e Vinicius Junior lideram as brincadeiras, Paquetá é quem traz músicas e coreografias novas, enquanto Rodrygo é o mais quietinho, mas entra na onda quando se junta à turma.
“A gente tem um grupo nosso da bagunça, pessoas mais jovens, eu, Vini, Pedro, Paquetá, Rodrygo… A gente tenta sempre manter essa alegria das pessoas mais jovens com os mais experientes. Mas com respeito. É mais brincadeira com todo mundo, interagir com todos. Mais brincadeiras, mesmo. Não tem piada, a gente só brinca que eles são mais velhos”
Cadê o Neymar na “turma do fundão” da seleção brasileira?
Craque e camisa 10 da seleção brasileira, Neymar surgiu para o futebol como líder do “bonde da confusão” de sua geração. O jogador sempre foi um dos mais brincalhões em todos os vestiários que passou, mas aos 30 anos o astro do PSG vive uma nova fase, mais centrado.
Neymar ainda participa das brincadeiras e das resenhas, mas por ser um dos capitães do atual grupo e responsável por cobrar quando as coisas não estão funcionando, o “adulto Ney” ainda brinca, mas não como antes.
O craque assumiu o papel de “presidente”, que durante muito tempo foi de Ronaldo Fenômeno. Líder técnico do grupo, tem muita influência sobre os mais jovens por ser um ídolo da geração que chegou ao grupo no último ciclo e o veem como referência.