Campeão da Série B do Campeonato Brasileiro com três rodadas de antecedência e com o retorno garantido à elite do futebol nacional após três temporadas, o Cruzeiro já iniciou o planejamento para a temporada 2023, mas a questão financeira é um fator que preocupa a diretoria celeste.
O diretor executivo do clube, Pedro Martins, criticou a falta de regulamentação financeira para os clubes brasileiros. Segundo ele, isso privilegia os clubes que gastam mesmo sem ter condições de arcar com os compromissos. Ele segue o raciocínio de Ronaldo Fenômeno, dono da SAF cruzeirense, e diz que o clube mineiro irá seguir à risca o que for estabelecido pelo departamento financeiro para 2023.
Veja o que disse o dirigente:
“Existe nossa restrição orçamentária e é importante falar sobre isso, porque no Brasil ainda não tem o fair-play financeiro de fato constituído. Vira uma competição do dono mais rico, do dono que vai gastar mais. A gente quer contribuir para o futebol brasileiro se desenvolver, e os clubes consigam ser respeitados pela gestão que eles têm, pela estratégia que têm”
Em 2022, mesmo com a chegada de Ronaldo e investidores, o Cruzeiro montou um elenco relativamente barato, basicamente formado por jogadores que chegaram sem necessidade de investimento. O clube também reduziu em 60% sua folha salarial em comparação à temporada anterior.
A preocupação do dirigente cruzeirense é algo que tem ficado cada vez mais evidente no futebol brasileiro. Nos últimos anos, clubes com maior poder de investimento tem sido os protagonistas, como Flamengo, Palmeiras e Atlético-MG, os três mais ricos atualmente.
Temporada 2023 ainda será de pés no chão para o Cruzeiro
Já pensando no ano que vem, o Cruzeiro já acertou a contratação do zagueiro Neris, de 30 anos, e encaminhou a contratação do goleiro Anderson, do Athletico-PR. Algumas posições são consideradas prioridade para a diretoria celeste, como laterais, zaga, jogadores de contenção e criação no meio de campo, e atacantes.