No dia 15 de abril de 1989, durante o duelo entre Liverpool e Nottingham Forest, pela semifinal da FA Cup, o futebol inglês presenciava uma de suas maiores tragédias dentro de um estádio.
A partida foi disputada em campo neutro. O palco escolhido foi o Estádio de Hillsborough, casa do Sheffield Wednesday, e contou com uma grande presença de público. A mobilização do torcedor foi tão grande que faltou ingressos e muitos ficaram do lado de fora do estádio.
Segundo a “ESPN”, dias antes da partida, o comando de segurança do entorno do local passou por uma mudança, um fator que foi crucial para o desastre acontecer. Outros portões foram abertos oito minutos antes da partida, com o objetivo de tentar melhorar o fluxo. Mesmo assim, a superlotação dificultou a locomoção dos torcedores dentro do estádio e logo aos seis minutos, o juiz precisou interromper a partida.
Com um público acima de sua capacidade, muitas pessoas ficaram pressionadas contra as altas grades que dividiam os setores em Hillsborough. Como solução, alguns pularam para dentro do campo. Mesmo com a polícia abrindo o portão que levava o gramado, muitos não sobreviveram.
O jornal “The Sun” apontou os Hooligans do Liverpool como culpados. Eles “urinado em policiais e roubado pertences de vítimas”, segundo o tabloide. A justiça, em um primeiro momento, determinou que a causa das mortes foram “acidentais”. Em 2019, o processo foi reaberto, mas Duckenfield, chefe de segurança de Hillsborough, foi considerado inocente.
Desde então, os torcedores passaram a ser obrigados a ficarem sentados nos estádios ingleses, que ganharam cadeiras e reduziram capacidades, entre outras reformas.