Após bloqueio milionário, Justiça encontra contas bancárias do Atlético-MG quase zeradas
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) determinou o bloqueio de R$ 13.573.658,04 nas contas do Atlético-MG por conta de dívidas com o empresário André Cury, mas encontraram apenas R$ 10.759,52. O débito total com o agente chega a R$ 64 milhões e o clube negocia a forma de pagamento.
De acordo com informações que foram antecipadas pelo site Goal, foi realizada uma varredura judicial em 22 contas correntes distintas do clube mineiro, de instituições financeiras diferentes. Entretanto, foram encontrados cerca de R$ 10 mil divididos em três contas.
Os atleticanos possuiam um valor de R$ 8.856,16 em uma conta do Itaú Unibanco, R$ 1.114,76 no Banco Mercantil do Brasil e outros R$ 788,61 no Banco ABC Brasil. As outras 19 contas estavam zeradas, como indicou a decisão assinada pela juíza Camila Rodrigues Borges de Azevedo, datada da última segunda-feira (17).
Cobranças de André Cury
A lista de cobranças do empresário André Cury ao Atlético-MG é extensa e conta com jogadores importantes da história atleticana. A dívida mais recente é referente ao lateral Guilherme Arana, de R$ 2,838 milhões. Além dele, nomes como Luan, Marcos Rocha e Eduardo Vargas também constam na relação de pendências.
Alguns nomes citados no relatório tiveram pouco brilho ou sequer são lembrados com a camisa do Galo. Vina, Franco Di Santo, Léo Sena e Dylan Borrero são alguns dos atletas que originaram dívidas ao clube e não deixaram saudades na torcida, assim como o técnico Rafael Dudamel.
O maior débito é com o ex-zagueiro Frickson Erazo. O caso do equatoriano gerou uma cobrança de R$ 11,660 milhões por parte de André Cury. Em seguida, aparece o nome de Lucas Pratto, com a dívida de R$ 6,708 milhões. O lateral Mansur também custará caro para o Galo, que possui uma pendência na ordem dos R$ 5,752 milhões que deveriam ser destinados a Cury.
A diretoria do Atlético-MG negocia a forma para o pagamento da dívida com o empresário e as trativas estão sendo intermediadas pelas advogadas Adriana Cury e Fernanda Saade.