A presença do negro no futebol brasileiro não surgiu logo quando o esporte chegou ao Brasil com Charles Miller, em 1894. Para superar as sequelas da escravidão, foi preciso um tempo.
Um dos clubes pioneiros em jogadores negros foi o Vasco da Gama. Mas, em 1923, segundo relembra o site “O Curioso do Futebol”, o Cruzmaltino chegou a ser impedido de disputar competições se não mandasse embora seus 12 jogadores que eram negros. O clube carioca resistiu e venceu a batalha.
Apesar desse episódio ser marcante no futebol brasileiro, a luta começou antes. Em 1905, o Bangu-RJ, escalou um jogador negro para disputar uma partida do citadino do Rio. A Liga Metropolitana de Futebol, no entanto, barrou o atleta e o clube desistiu de disputar o torneio.
Cinco anos antes, ano em que surgiu o Rio Grande e a Ponte Preta, os primeiros clubes de futebol no Brasil. O clube de Campinas tinha em seu elenco o jogador Miguel do Carmo. Seria ele o primeiro jogador negro no nosso futebol.
As críticas de cunho racista decerto, não ficaram de fora. Os rivais da Ponte chamavam o time de “clube e torcida de macacos” ou “macacada” e foi daí que começou o apelido do que é dito até os dias de hoje: “Macaca”.
Mesmo com 122 anos de existência, o futebol e as classes ainda lutam para erradicar de vez o racismo. Vale lembrar que o futebol brasileiro tem como seus maiores craques, jogadores negros, como Pelé, Mané Garrincha, Leônidas da Silva, entre outros.