O meia-atacante Ricardo Centurión, ex-São Paulo, fez um triste relato à Rádio La Led, de Buenos Aires. Ele está sem jogar desde que saiu do San Lorenzo em maio e falou sobre a depressão que está passando. O jogador lembrou do amor da sua família e disse que, mesmo com ela, está isolado:
“Aguentei muitas coisas, precisava me afastar, me sentia esgotado, tinha ataques de pânico, precisava sair de tudo, por isso decidi assim. Muitos não me entendem, mas cansei de viver. Principalmente desta maneira. Foi por este motivo que decidi sair ir do trabalho que me deu tanta felicidade. Nem eu mesmo me aguentava”, disse.
“Pensei que o amor da minha filha me faria esquecer um montão de feridas abertas. O amor de um filho é diferente a outro amor e outras perdas. Mas não posso suportar. Me custa olhar nos olhos da minha filha, que está crescendo. Minha vida hoje é como na pandemia. Para o jogador, o futebol é tudo. Quando não o tem, é como estar na pandemia. Hoje, ninguém me liga. Claro, um ou dois jornalistas. As pessoas que conheci não me chamam. Você se sente sozinho. Está só sua mãe e sua namorada. Sabia que ia acontecer. Não tenho medo, não escapo disso”, completou.
Centurión já teve vontade de tirar a vida
Em 2020, Centurión já tinha falado que pensou em tirar a própria vida após a namorada ter morrido em um acidente de carro, mas conseguiu se recuperar ao entrar em contato com sua família.
“Os golpes foram muito rápidos, e, se eu não me levantasse depois de dois dias, acho que terminaria com a minha vida. Mas não era o meu momento. Sei que a realidade é essa, tenho que me levantar e continuar. Vendo minha mãe, minha irmã, pude frear e me uni. Caso contrário, tudo estaria indo para o inferno”