Patrick de Paula foi a maior contratação do Botafogo em 2022. Ele custou R$ 33 milhões ao Alvinegro, mas ainda não mostrou a que veio. Em meio a oscilações, o jogador desfalcou o Fortaleza por ter adquirido a Paralisia de Bell, um distúrbio que pode ser considerado uma paralisia facial.
Em entrevista ao portal “Lance!”, o neurologista Renan Coutinho explicou sobre a doença. De forma técnica, ele fala que não há um agente causador da doença:
“A Paralisia de Bell é o resultado da função inadequada do nervo facial, que é o nervo que controla os músculos da face. Através da contração desses músculos que podemos sorrir, fechar os olhos, demonstrar reações positivas e negativas – o que chamamos de mímica facial. Na Paralisia de Bell, essa disfunção inflamatória do nervo facial é considerada idiopática, ou seja, sem um agente causal, embora esteja muito relacionada com o herpes vírus”, disse.
Renan também falou sobre a recuperação e que ela normalmente é completa em algumas semanas:
“Na Paralisia de Bell (paralisia facial idiopática), a recuperação é quase sempre completa, dentro de algumas semanas. Algumas terapêuticas como corticóide e determinados antivirais quando indicados no tempo certo, podem acelerar a recuperação e o desfecho, embora não haja evidencias conclusivas a respeito. O principal tratamento da Paralisia de Bell envolve fisioterapia e cuidados com a proteção ocular, pois com a dificuldade de fechar os olhos, ocorre diminuição da lubrificação lacrimal e ressecamento, podendo levar a inflamações graves que podem culminar com perda visual em casos extremos”, afirmou.
Botafogo tomou medidas a respeito
O Botafogo se antecipou e não permitiu que Patrick de Paula viajasse para enfrentar o Fortaleza no fim de semana. Isso porque o jogador está tomando remédios que possuem substâncias que podem ser consideradas doping e proibidas pela CBF. O clube não quer correr o risco de sofrer punição.