Quando o árbitro apitou o fim de jogo no estádio Azteca, em 21 de junho de 1970, o Brasil sagrava-se definitivamente como o país do futebol. Uma vitória acachapante por 4 a 1 sobre a Itália com um show do time comandado por Pelé, Tostão, Jairzinho e cia. Mais que isso, a honraria máxima do esporte até aquele momento: a posse definitiva da taça Jules Rimet, dada ao primeiro tricampeão da Copa.
A decisão da Copa de 1970, na verdade, era para decidir quem ficaria com aquele que até então era o troféu da competição, que mudava de posse conforme os campeões iam mudando. Brasil e Itália tinham dois títulos mundiais, e a Canarinho derrotou o rival com sobras.
Confira o que aconteceu com a taça da Copa
No entanto, o destino da taça Jules Rimet foi triste: ela foi roubada e derretida em 1983. A começar pela decisão inacreditável da CBF de deixar o troféu original exposto em uma vitrine à prova de balas na sede da entidade, enquanto uma réplica era guardada em um cofre.
Sérgio Pereira Ayres, representante do Atlético Mineiro, ficou sabendo disso e esquematizou um plano de roubo do troféu. Ele recrutou Francisco José Rocha Rivera, o “Barbudo”, e José Luiz Vieira da Silva, o “Bigode”. Eles invadiram o prédio, renderam o vigia noturno e roubaram a Jules Rimet e outras três taças.
Quando a polícia conseguiu chegar aos culpados do crime, a taça Jules Rimet já havia sido derretida pelo comerciante de ouro Juan Carlos Hernandez. O ouro que surgiu do derretimento foi apreendido, mas também roubado durante o processo.