O Shakhtar Donetsk, time que perdeu vários jogadores para times do Brasil em razão da Guerra da Ucrânia, quer indenização milionária da FIFA.
O clube europeu busca receber 50 milhões de euros da entidade máxima do futebol pela regra que permite que treinadores e jogadores estrangeiros suspendam seus contratos com times ucranianos. A razão seria a dificuldade de vender atletas devido à imposição desta regra.
Vale lembrar que o Shakhtar possuía 14 atletas não-ucranianos em seu elenco, sendo a maioria brasileiros. Com a decisão da FIFA, todos os jogadores que deixaram o clube acertaram com outras equipes sob condição de empréstimo.
Dessa forma, esses estrangeiros até poderiam retornar ao time ucraniano, caso a guerra chegue ao fim. Contudo, muitos podem acabar saindo em definitivo, uma vez que seus contratos foram suspensos e não rescindidos. Esse é o caso de Manor Solomon e Tetê, que estão emprestados e podem voltar quando seu vínculo estiver a seis meses do fim, o que dificulta uma venda definitiva.
“Todo mundo acredita que somos uma família do futebol. Essa decisão simplesmente cancelou esse slogan. Não somos uma família do futebol porque ninguém se importa com clubes ucranianos. É uma grande pena. A Fifa não se importa conosco”, disse Sergei Palkin, CEO do Shakhtar ao jornal The Athletic.
Por fim, o clube alega que teve um prejuízo de 50 milhões de euros, valor que representa a venda de quatro atletas estrangeiros. Os ucranianos também afirmaram que estão tentando reverter a decisão da FIFA de suspender os vínculos.