Após ser vendido a John Textor, entenda a situação financeira do Botafogo

Após ter 90% de sua SAF vendida ao bilionário John Textor, o Botafogo recebeu incrementos financeiros que aliviaram a situação do clube; confira.

Segundo levantamento feito pelo jornalista Rodrigo Capelo, do ‘ge’, o Fogão ainda possuí grandes dívidas, mas o clima desde a venda ao acionista majoritário é de otimismo. Os números se baseiam em dados de 2021, os últimos a serem divulgados.

Por estar na segunda divisão da Série B, as receitas foram baixíssimas, consideradas as piores nos últimos dez anos. A dívida, no entanto, foi reduzida em cerca de R$ 70 milhões, sendo a primeira vez em cinco anos. Contudo, ainda continua extremamente alta, na casa dos R$ 863 milhões.

Antes da chegada de Textor, a maior verba do clube era proveniente de receitas televisivas. Com a volta à primeira divisão, esse número vai ultrapassar os R$ 60 milhões, dependendo da posição na tabela. Por outro lado, outras receitas como Marketing, bilheteria, e vendas de jogadores somaram 77 milhões, ou seja, o total de faturamento em 2021 do Botafogo foi de R$ 127 milhões.

Descontos em dívidas ajudaram o Botafogo a terminar o ano com superávit

O clube alvinegro conseguiu reduzir as dívidas a curto prazo em quase R$ 100 milhões, o que ajudou (e muito) a terminar 2021 com um superávit de R$ 78 milhões. A esperança é que isso tenha um impacto positivo no futuro.

Já em relação as dividas a longo prazo, a SAF terá que repassar 20% das receitas mensais para os credores e espera quitar tudo em até dez anos. Caso isso não aconteça, uma crise financeira sem precedentes deve se instaurar. Para chegar a isso, as receitas (que ficaram abaixo do esperado no ano passado) também precisam crescer.

O levantamento também demonstra que a maior parte dessas dívidas é provenientes de ações trabalhistas e demonstra que o futuro do Botafogo Futebol e Regatas esta na mão de sua SAF. Um novo balanço financeiro deve ser divulgado em abril de 2023. Até lá, resta ao torcedor ter paciência e fé.