A carreira de Ronaldo Fenômeno foi marcada por muitos acontecimentos históricos. Em meio a título de Copa do Mundo, participação em times históricos e lesões graves, o craque da bola acabou encerrando sua carreira no Corinthians, em uma passagem que também rendeu episódios marcantes.
“Ele poderia ainda almejar algumas coisas aos 34 anos, mas já era uma condição de sofrimento, o prazer já não era tão grande como anos atrás. Não dá para separar a condição física da condição humana, da condição mental. Assim temos um entendimento do que acontece com um atleta. É uma guerra mental”, justifica Bruno Mazzioti, fisioterapeuta do Fenômeno por sete anos. A batalha contra as lesões e dores chegou ao fim.
Mas ainda que Ronaldo estivesse em vias de fim de carreira quando vestiu a camisa do Corinthians, sua vinda causou um estardalhaço. Ele foi recebido pela Fiel em um Parque São Jorge lotadíssimo, em 12 de dezembro de 2008. “Aqui está mais um louco para se juntar a esse bando de loucos”, disse, na ocasião.
O salário de Ronaldo ficaria estipulado em R$ 400 mil fixos e mais 80% dos valores de patrocínio que o Corinthians conseguisse com a venda das propriedades a partir dali. O clube ficava com os outros 20%.
Salários acordados em um… guardanapo?
Uma história interessante sobre a chegada de Ronaldo é que o jogador topou as condições salariais em um encontro com o presidente Andres Sanchez em um hotel no Rio de Janeiro. Andres teria escrito as condições salariais em um guardanapo.
“Talvez tenha um pouco de romantismo nesta história do guardanapo (risos)”, admite Luis Paulo Rosenberg, diretor de marketing por trás da negociação.