Kevin De Bruyne, um dos principais nomes do Manchester City e da seleção da Bélgica, não escondeu seu descontentamento com o calendário apertado do futebol mundial. Aos 33 anos, o meio-campista expressa preocupação com a exaustiva sequência de partidas, especialmente em um momento em que o novo formato do Mundial de Clubes com 32 times, previsto para 2025, aumenta ainda mais a carga de jogos.
O belga não poupou críticas à FIFA e à UEFA, culpando as entidades pela crescente expansão das competições e a falta de períodos adequados de descanso e preparação para os atletas. Sua posição foi amplamente destacada na coletiva de imprensa anterior ao confronto entre Bélgica e Israel, pela Liga das Nações.
De Bruyne Lamenta Sobrecarga de Jogos no Futuro
De acordo com De Bruyne, a temporada 2024/25 será particularmente desafiadora, sendo a segunda de três consecutivas repletas de competições internacionais durante junho e julho, que tradicionalmente seriam meses de férias para os atletas europeus. A realização da Eurocopa e da Copa América em 2024 apenas intensificou o problema.
O meio-campista alertou que, após a final do Mundial de Clubes, haverá apenas três semanas antes do início da Premier League, tempo insuficiente para recuperação e preparação para os inúmeros jogos da temporada. De Bruyne acredita que esta sobrecarga pode não causar problemas imediatos, mas certamente trará complicações expressivas nos anos seguintes.
Qual é o Formato do Novo Mundial de Clubes?
O Mundial de Clubes de 2025, que será realizado nos Estados Unidos de 15 de junho a 13 de julho, adotará um formato semelhante ao da Copa do Mundo, com 32 equipes. O Manchester City já garantiu sua vaga no torneio, juntamente com outros grandes clubes globais, incluindo representantes do Brasil, como Palmeiras, Flamengo e Fluminense.
- Palmeiras
- Flamengo
- Fluminense
- River Plate (Argentina)
- Boca Juniors (Argentina)
- Real Madrid (Espanha)
- Atlético de Madrid (Espanha)
- Chelsea (Inglaterra)
- Manchester City (Inglaterra)
- RB Salzburg (Áustria)
- Juventus (Itália)
- Inter de Milão (Itália)
- Bayern de Munique (Alemanha)
- Borussia Dortmund (Alemanha)
- Paris Saint-Germain (França)
- Benfica (Portugal)
- Porto (Portugal)
- Al-Hilal (Arábia Saudita)
- Al-Ahly (Egito)
- Seattle Sounders (Estados Unidos)
- Pachuca (México)
- León (México)
- Monterrey (México)
- Urawa Reds (Japão)
- Wydad Casablanca (Marrocos)
- Auckland City FC (Nova Zelândia)
- Ulsan (Coreia do Sul)
- Mamelodi Sundowns (África do Sul)
- Espérance Sportive de Tunis (Tunísia)
Como a Expansão das Competições Afeta os Jogadores?
As recentes alterações no formato das competições europeias de clubes acentuam ainda mais essa situação. A fase de grupos tradicional deu lugar a um sistema de liga, onde, por exemplo, na Liga dos Campeões, as equipes disputam oito jogos contra adversários distintos, substituindo o antigo formato de seis partidas em sistema de ida e volta.
Além disso, as fases eliminatórias ganharam um playoff antes das oitavas de final, ampliando o número de jogos. De Bruyne teme que essas mudanças só aumentem a já pesada carga de jogos para os jogadores. Ele ressaltou que o número de jogos acumulados pode ultrapassar 70 por temporada, levando ao limite físico e mental dos atletas.
Em sua crítica, De Bruyne destaca que as entidades gestoras do futebol devem considerar mais a saúde e o bem-estar dos jogadores ao planejar os calendários. Ele aponta que a falta de soluções eficazes demonstra uma priorização do lucro em detrimento do bem-estar dos atletas.
O apelo de De Bruyne é um grito de alerta para que as autoridades do futebol reavaliem suas decisões e pensem em práticas que preservem a integridade física dos jogadores, garantindo um equilíbrio saudável entre competição e descanso.