Presidente de clube da Série A desabafa sobre diferença de receitas das equipes: “Eu não posso errar”

Em meio às competições acirradas do futebol brasileiro, a posição do Atlético-GO destaca-se não apenas pelos desempenhos em campo, mas também pelas dificuldades econômicas enfrentadas para se manter na Série A. Adson Batista, presidente do clube, abriu o jogo sobre as adversidades na gestão de um time com receitas significativamente menores em comparação aos gigantes do esporte.

De acordo com Batista, o Atlético-GO opera com um orçamento anual em torno de R$ 100 milhões, uma quantia modesta quando comparada aos líderes do setor. Essa disparidade financeira impõe um conjunto único de desafios, forçando o club a exigir uma gestão quase perfeita para evitar o rebaixamento.

Qual a diferença de receita entre Atlético-GO e grandes clubes?

A realidade do Atlético-GO é bem distinta do Flamengo, que arrecadou cerca de R$ 1,3 bilhão em 2023. Essa diferença de escala se manifesta não apenas nos recursos disponíveis para contratações e salários, mas também na capacidade de absorver erros e tomar riscos financeiros.

A menor margem para erros faz parte do dia a dia do Atlético-GO. Segundo Batista, “um erro pode significar o rebaixamento”. Com uma folha salarial que gira em torno de R$ 4 milhões, o clube enfrenta obstáculos para competir no mesmo nível de equipes cuja folha salarial é suportada pelo salário de apenas três jogadores de times como o Flamengo.

Como o Atlético-GO lida com as pressões financeiras?

Em resposta aos desafios, Batista enfatiza a importância de uma gestão equilibrada e uma estratégia impecável. Nesse cenário, cada decisão é crucial e o investimento deve ser feito de maneira judiciosa para garantir o máximo retorno, tanto em termos de desempenho quanto de sustentabilidade financeira.

O drama vivido pelo Atlético-GO reflete um problema mais amplo no futebol brasileiro, onde a desigualdade financeira tende a reforçar a dominância de alguns poucos clubes no topo. A questão que remanesce é como equilibrar essa competição de modo que o esporte continue vibrante e competitivo em todos os níveis.