Recentemente, uma crise climática sem precedentes tem afetado significativamente o estado do Rio Grande do Sul, provocando a necessidade de medidas urgentes no calendário do Campeonato Brasileiro de Futebol.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) postergou os jogos dos clubes gaúchos por 20 dias, uma decisão que trouxe à tona um debate importante sobre como manejar o calendário esportivo em situações de emergency.
Adson Batista, presidente do Atlético-GO, manifestou-se fortemente contra a paralisação total do campeonato, argumentando que os impactos seriam negativos para a maioria dos clubes. “Não é solução parar o campeonato. Temos que dar apoio aos irmãos do Sul, mas sem prejudicar a competição”, afirmou ele em uma entrevista para o Globo Esporte.
As Consequências de uma Paralisação para o Futebol Nacional
Adson Batista compara a atual situação com as dificuldades enfrentadas durante a pandemia de Covid-19, quando o campeonato teve que ser adaptado, resultando em partidas em diversos horários e sob condições atípicas. Segundo ele, uma paralisação poderia impor desafios similares, afetando a performance e a estrutura dos clubes que não têm os mesmo recursos que grandes times.
Ele defende que, em vez de uma paralisação completa, ações individuais e suporte direcionado aos clubes afetados pode ser uma estratégia mais equilibrada. “Precisamos que esses 17 continuem fazendo boas ações em seus jogos e preservar os três clubes gaúchos nesse momento tão difícil”, explicou.
Qual a Melhor Solução para Gerir Crises no Calendário Esportivo?
A questão central é como balancear a empatia e a necessidade de apoio a regiões afetadas por crises sem comprometer o andamento das competições nacionais. O futebol brasileiro, com uma agenda já bastante apertada, enfrenta o desafio de ser flexível e resiliente diante de adversidades climáticas que tendem a se tornar mais frequentes.
A proposta de utilizar infraestruturas alternativas, como a Granja Comary, para auxiliar os clubes mais afetados, poderia ser uma alternativa viável, sugerida por Batista, além de um reagendamento inteligente dos jogos, que considerasse as condições de cada equipe.
Embora a preocupação de Batista seja principalmente com a justiça e a viabilidade da continuação do Brasileirão sem interrupções maiores, sua perspectiva também destaca a importância de ter planos de contingência robustos para o futebol brasileiro.
Assim como em qualquer outro grande setor, o esporte deve estar preparado para adaptar-se e responder eficazmente em face de crises futuras, garantindo a segurança e o bem-estar de todos os envolvidos.